Gripe das aves ou a beleza transformada da matéria
A matéria transporta consigo memórias etéreas de tudo o que existe no nosso ambiente. Ela também reflecte as intervenções e as más decisões da Humanidade sobre a sua natureza, alterando e manipulando assim a sua integridade enquanto espírito. Desenvolvendo-se animicamente na sua forma material, o homem poderá exercer a sua condição espiritual em consonância com as leis naturais contribuindo em consciência para um casamento equilibrado entre o espirito e a matéria, se assim o desejar. Se o Homem negligenciar esta condição, criar-se-ão condições propícias para se formarem reacções adversas às leis que regem o Todo, resultando o aparecimento de novas formas de vida, novos virus, que prejudicarão o seu equilibrio enquanto ser evolutivo.
Rogerio Silva
2006
Rogerio Silva
2006
posted by ARTRIP at 10:55 da manhã
8 Comments:
Como pode a matéria manter a memória ao mesmo tempo que está em constante mutação.
Interessante tema para meditar.
Será pelo facto da matéria sofrer apenas transmutações e ser também ela impermanente e simultaneamente eterna em termos absolutos? Quem saberá?!
As transformações ocorrerão apenas ao nível das formas?
A essência da matéria será essa parte eterna onde se guarda a memória ?
O que é que a matéria faz ou irá fazer com a memória que consecutivamente vai adquirindo?
Talvez as memórias permaneçam em essencia enquanto a matéria mantém a sua integridade condicionada. Talvez as memórias existam na matéria, enquanto matéria vibrante, interventiva e etérea. Se essa integridade material deixar de existir, ou por outra, se as partículas subatómicas que compõem o todo material deixarem de estar condicionadas à sua função enquanto componentes do mundo utilitário do homem, provávelmente essas memórias se eternizarão nos registos do universo.
Pensando na essência da matéria como sendo energia na sua forma mais pura em contraposição com a energia materializada, poderão constituir parte de um mesmo Todo? No total,no omnisciente e omnipresente, a memória não existirá apenas no domínio da relatividade tal como o próprio tempo, na medida em que o conceito de memória nos remete para o passado?
Ah... Porque se eliminarmos a linha do tempo tudo o que existe existe no agora apenas, não?
Reflectindo acerca da memória e da matéria, ocorreu-me que, existe um tipo de memória cósmica intemporal que organiza e faz evoluir todo o Universo segundo determinadas leis naturais. Ao ser humano ou microcosmos foi-lhe dada a capacidade de poder inerferir (até certo ponto) nesse processo evolutivo. Através dos seus actos pode recriar parte da memória universal e dar-lhe novas orientações. Se essas orientações estiverem em sintonia com as leis universais antes referidas, o homem evolui e contribui positivamente para acelerar o processo evolutivo da humanidade e do Universo. Se pelo contrário actuar contra a ordem estabelecida pode atrasar grandemente a sua evolução e parte do Unicerso, como supostamente aconteceu com civilizações anteriores à nossa.
Resta-me a dúvida se a memória do mal desaparece quando desaparece quem o produz ou se se perpetua no tempo?
Se só existir o agora e se tudo o que existe no agora está em constante mutação então, na minha opinião, tudo pode ser alterado no agora dependendo de como se canalizam as energias. No entanto, não tenho muito conhecimento acerca da forma como essas civilizações anteriores atrasaram a evolução...
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