domingo, dezembro 03, 2006

Acerca das imagens roubadas

Aliando o processo da pintura à investigação e à procura de imagens, tanto em livros como em jornais ou mesmo na web, que digam respeito à especulação da problemática da existência e da condição humana, define-se deste modo as regras da linguagem estética deste trabalho, experimentando evocar uma realidade social de acontecimentos, tendo como base a informação e também a notícia.


"Luva" - óleo s/ tela 2006

A representatividade fotográfica de cada obra, após ter sido "roubada" à mensagem enquanto conteúdo de uma realidade, libertando-a do ambiente da informação e da explicação textual que por ventura a poderá complementar, surge isolada no seu silêncio enquanto pintura, abrindo caminhos para a desbanalização da própria imagem atribuindo-lhe um carácter dinâmico, único e ao mesmo tempo sublime.


"O inventor" - óleo s/ tela 2006

As linhas que ligam estas obras umas às outras isolam-se em patamares de actuação, divergentes entre si tanto temática como formalmente, pois somente deste modo se poderá activar e manter a integridade de cada peça como um projecto autónomo, valorizando assim o aspecto estético da imagem crua e muitas vezes cruel, desprotegida e banal que os media quantitativamente exploram. A obra não se limita a si própria. Ela faz-nos questionar o que nos diz respeito.























"Janela" - óleo s/ tela 2006



"Jogo da pedra" da série "Lapidação"- óleo s/ tela 2006



"Meditação" - óleo s/ papel de jornal 2006



"Luva II" - óleo s/ papel de jornal 2006